mons parturiens
Terminou hoje a operação de salvamento de 33 trabalhadores de uma mina de cobre e ouro no deserto do Atacama, Chile.
Foi, à escala global, um espectáculo impressionante (emocionante q.b.) e uma exemplar demonstração de eficiência. Mas, embora possa não parecer ao espectador mais distraído, foi também um exemplo do melhor que a verdadeira cooperação internacional pode proporcionar, em termos de tecnologia, engenharia e outras áreas do conhecimento.
Para ilustrar isto mesmo, bastaria dizer que a NASA esteve directamente envolvida, contribuindo com dois médicos, um psicólogo e uma equipa de engenheiros que ajudaram na concepção da cápsula de resgate (Fénix 2). Foi muito importante a experiência desta agência em lidar com grupos de pessoas em espaços fechados e outros ambientes hostis, por longos períodos de tempo. Foi também sua responsabilidade o fornecimento de dietas líquidas, altamente calóricas.
O Canadá providenciou uma torre de prospecção de petróleo que efectuou o 3º furo (o chamado Plano C) e a Cementation Canada foi a companhia que iniciou o processo com o 1º furo (Plano A).
Uma empresa norte-americana foi responsável pela tecnologia de perfuração que logrou atingir primeiro o local onde os mineiros estavam encurralados (plano B).
Da Áustria veio o sistema de guincho, cabos, roldanas, etc que permitiu à Fénix 2 percorrer os cerca de 46 quilómetros de viagens de subida e descida.
A agência espacial do Japão forneceu a cada mineiro 5 conjuntos de roupa interior especial (ou espacial - “space underwear”), a última geração de fibras “high-tech”, concebidas para absover a humidade e o odor e optimizar o conforto, já utilizadas e testadas pelos astronautas japoneses nas missões à Estação Espacial Internacional.
Fundamental foi também o sistema de comunicações que se estabeleceu assim que se conseguiu o contacto com os mineiros através de um furo de pequeno calibre.
Foi enviada comida e água e também cintos de monitorização biométrica que passaram a transmitir os sinais vitais de cada um para a superfície por comunicação wireless.
Para além disso foi passado um cabo de fibra óptica e algum material electrónico, incluíndo pequenas câmaras de alta definição, o que permitiu aos mineiros um contacto privilegiado com as suas famílias (alguns, ao que parece, com as suas amantes…) e até assistir a um jogo de futebol da selecção por via de um pequeno projector, contribuição decisiva para a elevação do moral.
Engenho e arte (e já agora, tecnologia) ao serviço da Humanidade.
Terminou hoje a operação de salvamento de 33 trabalhadores de uma mina de cobre e ouro no deserto do Atacama, Chile.
Foi, à escala global, um espectáculo impressionante (emocionante q.b.) e uma exemplar demonstração de eficiência. Mas, embora possa não parecer ao espectador mais distraído, foi também um exemplo do melhor que a verdadeira cooperação internacional pode proporcionar, em termos de tecnologia, engenharia e outras áreas do conhecimento.
Para ilustrar isto mesmo, bastaria dizer que a NASA esteve directamente envolvida, contribuindo com dois médicos, um psicólogo e uma equipa de engenheiros que ajudaram na concepção da cápsula de resgate (Fénix 2). Foi muito importante a experiência desta agência em lidar com grupos de pessoas em espaços fechados e outros ambientes hostis, por longos períodos de tempo. Foi também sua responsabilidade o fornecimento de dietas líquidas, altamente calóricas.
O Canadá providenciou uma torre de prospecção de petróleo que efectuou o 3º furo (o chamado Plano C) e a Cementation Canada foi a companhia que iniciou o processo com o 1º furo (Plano A).
Uma empresa norte-americana foi responsável pela tecnologia de perfuração que logrou atingir primeiro o local onde os mineiros estavam encurralados (plano B).
Da Áustria veio o sistema de guincho, cabos, roldanas, etc que permitiu à Fénix 2 percorrer os cerca de 46 quilómetros de viagens de subida e descida.
A agência espacial do Japão forneceu a cada mineiro 5 conjuntos de roupa interior especial (ou espacial - “space underwear”), a última geração de fibras “high-tech”, concebidas para absover a humidade e o odor e optimizar o conforto, já utilizadas e testadas pelos astronautas japoneses nas missões à Estação Espacial Internacional.
Fundamental foi também o sistema de comunicações que se estabeleceu assim que se conseguiu o contacto com os mineiros através de um furo de pequeno calibre.
Foi enviada comida e água e também cintos de monitorização biométrica que passaram a transmitir os sinais vitais de cada um para a superfície por comunicação wireless.
Para além disso foi passado um cabo de fibra óptica e algum material electrónico, incluíndo pequenas câmaras de alta definição, o que permitiu aos mineiros um contacto privilegiado com as suas famílias (alguns, ao que parece, com as suas amantes…) e até assistir a um jogo de futebol da selecção por via de um pequeno projector, contribuição decisiva para a elevação do moral.
Engenho e arte (e já agora, tecnologia) ao serviço da Humanidade.
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